Arte em gravidade zero
Um astronauta decola em breve de uma base no Cazaquistão rumo à Estação Espacial Internacional com a missão de criar a primeira obra de arte no espaço.
Idealizada por Eduardo Kac, a escultura de papel soletra a palavra francesa “moi”,mas também lembra uma figura humana estilizada com um cordão umbilical rompido. “Somos todos nós, liberados dos limites da Terra”, diz o artista.
Sua ideia surgiu de uma reflexão que faz ao longo de anos sobre como seria uma arte criada longe do efeito da gravidade.No espaço, por exemplo, não poderia haver pintura, porque a tinta não se prenderia à superfície de uma tela.
Kac acredita que no futuro, como barateamento dos custos de uma viagem espacial, uma nova arte livre da gravidade deve surgir.
Enquanto isso não acontece, ele treinou o astronauta francês Thomas Pesquets para montar a peça em órbita. “Ela será toda feita no espaço e fotografada lá”, diz Kac.
“Vamos ver a obra flutuando, com a Terra ao fundo.” Terráqueos poderão ver tudo mais de perto em mostras no ano que vem na sede do CNES, a agência espacial francesa, em Paris, e depois na galeria Luciana Caravello, no Rio.
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