Mais do que cenário, arte rouba a cena na minissérie ‘Felizes para Sempre?’

Silas Martí
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Sala da casa do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, com obras de Sol LeWitt e Alex Flemming

À primeira vista, “Felizes para Sempre?”, minissérie de Fernando Meirelles no ar agora na Globo e que já critiquei aqui, seduz com imagens estonteantes de Brasília, a maior parte delas filmadas com drones que sobrevoam a cidade como olhos livres e desimpedidos.

Mas outra dimensão da série também tem um impacto visual singular. Estou falando da mansão do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, que serve de cenário para a casa do empreiteiro Cláudio e sua mulher Marília, personagens de Enrique Diaz e Maria Fernanda Cândido, a clínica de Tânia, vivida por Adriana Esteves, além da sede da construtora do personagem de Diaz.

Na casa, que hoje pertence à massa falida do Banco Santos, ainda está um conjunto de 800 obras de arte avaliadas em cerca de R$ 30 milhões, entre elas peças de nomes centrais da arte mundial, como Robert Rauschenberg, Sol LeWitt e Frank Stella, além de obras de brasileiros como Cícero Dias, Alfredo Volpi, Vik Muniz, Nelson Leirner, entre outros.

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Fachada da casa desenhada por Ruy Ohtake que pertencia ao banqueiro Edemar Cid Ferreira

Desenhada pelo arquiteto Ruy Ohtake, a propriedade do bairro do Morumbi, na zona oeste paulistana, é avaliada em R$ 80 milhões e está lacrada à espera de uma decisão judicial final sobre o patrimônio de Cid Ferreira, condenado em primeira instância por crimes financeiros.

Veja a seguir cenas em que algumas dessas obras de arte sublinham momentos dramáticos da série.