Veja a seleção das galerias brasileiras para a Arco, nesta semana em Madri
Uma das primeiras grandes feiras de arte no calendário internacional, a Arco chega à 34ª edição nesta semana em Madri. Estarei lá acompanhando tudo de perto e trazendo detalhes deste momento importante no mercado espanhol. Depois de anos amargando certa decadência e sofrendo com a recessão na Europa, a Arco vem aos poucos se reerguendo –e reconquistando a presença de importantes casas brasileiras que haviam debandado para sua principal concorrente, a Art Basel Miami Beach.
Estarão na feira da capital espanhola, a partir desta quarta, 13 galerias do Brasil, as paulistanas Baró, Casa Triângulo, Dan, Emma Thomas, Jaqueline Martins, Leme, Luciana Brito, Luisa Strina, Millan, Pilar e Vermelho, além das cariocas Anita Schwartz e Silvia Cintra + Box4.Veja a seguir as apostas de algumas dessas casas para a Arco.
Luisa Strina. Uma das maiores galerias do país retorna à Arco depois de um hiato de anos sem comparecer à feira espanhola. Como esta edição homenageia a Colômbia, a galeria decidiu levar um nome latino-americano de seu elenco, o artista argentino Pablo Accinelli. Suas esculturas de pegada minimalista costumam refletir sobre pesos e medidas, com referências à arquitetura brutalista que marca o modernismo nos trópicos.
Millan. Desde que passou uma temporada em Nova York, onde também expõe agora, a artista Lenora de Barros vem ganhando merecida projeção internacional. Em Madri, com uma ocupação individual do espaço da galeria Millan, ela revisita uma série de uns anos atrás, com poesias concretas que se espalham por bolinhas de pingue-pongue, entre outros objetos.
Vermelho. A Vermelho leva dois artistas de seu elenco, Chiara Banfi e o argentino Nicolás Robbio, que se radicou em São Paulo. Enquanto Banfi tem um trabalho mais formalista, que às vezes esbarra no decorativo, Robbio também faz uma reflexão fina sobre a arquitetura e comportamento de pontos e linhas em seus desenhos e instalações.
Emma Thomas. A galeria paulistana também vai à Arco com dois artistas de seu elenco, Gui Mohallem e Nazareno. Enquanto Mohallem revisita a série de imagens que criou em visita ao Líbano, terra de seu pai, Nazareno exibe suas investigações lírico-melancólicas sobre o cotidiano.
Pilar. Depois de sua redescoberta na última edição do Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, o veterano artista pernambucano Montez Magno será o destaque da galeria Pilar agora na Arco. A mesma casa, em seu segundo ano no evento espanhol, já havia dado atenção especial à obra do artista numa edição da feira ArtRio.