As melhores obras da Arco, em Madri
Arturo Hernández. O artista mexicano cria uma enorme instalação usando ferramentas esquecidas num prédio abandonado em Berlim, dando vida nova a dejetos industriais. Sua obra reflete uma forte tendência na Arco este ano, com uma série de trabalhos sobre ruínas e desvios arquitetônicos.
Letícia Parente. Pioneira da videoarte no Brasil, a artista tem uma série de seus vídeos à venda na Arco pela galeria Jaqueline Martins, de São Paulo. Entre eles, está o clássico “Made in Brazil”, em que a artista costura essas palavras na sola do pé. É a estreia de Parente numa feira de arte.
Nicolás Robbio. O artista argentino radicado em São Paulo faz uma reflexão sobre o choque entre aspectos orgânicos da vida e vontades da arquitetura.
Tobias Putrih. Com obras de teor minimalista, o artista esloveno costuma orquestrar fricções entre materiais e texturas, como neste monocromo pintado sobre papelão.
Muntean & Rosenblum. Essa dupla de artistas vem construindo uma obra em vídeo e pintura, transformando clássicos da arte moderna em encenações cinematográficas e dando roupagem classicizante a imagens da cultura pop.
Ion Grigorescu. O artista romeno despontou nos anos 1970 com uma série de performances em que discutia o papel dos gêneros na sociedade contemporânea, realizando trabalhos em parceria com sua mulher. Sua presença na Arco indica um novo interesse por seus trabalhos mais antigos.
Travis Somerville. O artista norte-americano debate questões raciais ao estampar retratos de negros nascidos nos Estados Unidos ainda no período da escravidão em sacos de pano usados para o transporte de dinheiro.
Ivan Grilo. Também com uma pesquisa voltada para a discriminação racial, Ivan Grilo revisita o desenho de um navio negreiro, transformando o porão do navio numa barra de ouro, em alusão ao valor dos futuros escravos.
Ícaro Zorbar. Uma de suas “performances assistidas”, a obra deste artista colombiano dá dimensão física à música, quando uma fita cassete é tocada enquanto flutua no vento diante de um ventilador.
Edgar Jiménez. O artista colombiano pinta cenas e cartazes de filmes do movimento Blaxploitation, gênero surgido nos anos 1970 nos Estados Unidos, sempre com elencos de atores negros e trilha sonora de soul e funk.
Pablo Gómez. Em mais um trabalho sobre construção, destruição e ruínas, o artista colombiano Pablo Gómez criou uma empresa de demolição que de fato existe no papel, mas não destrói nenhum edifìcio. Sua obra é uma coleção de pedidos de demolição e orçamentos para arrasar quarteirões.
María Alejandra Garzón. Outra forte tendência são os bordados. María Alejandra Garzón, artista colombiana, tem uma grande instalação na feira em que borda capas clássicas de jornal, como esta sobre a morte de Lady Di.