Mais mostras imperdíveis em paralelo à SP-Arte
‘Histórias da Infância’. Em sua primeira mostra com obras também de fora do acervo desde que mudou de direção há dois anos, o Masp abriu nesta semana uma exposição que contrasta retratos da infância em diferentes momentos de sua coleção. Logo na entrada, a tela “Rosa e Azul”, de Renoir, um dos trabalhos mais famosos e fotografados do museu, aparece ao lado de uma imagem de dois meninos da série “Brasília Teimosa”, da fotógrafa Bárbara Wagner.
Germaine Krull. O Museu Lasar Segall exibe a série completa de fotografias de estruturas metálicas da artista alemã Germaine Krull. Pouco vista no Brasil, sua obra foi alvo de uma retrospectiva no ano passado no Jeu de Paume, em Paris. Na mostra paulistana, estão imagens que ela fez da capital francesa, como esta da torre Eiffel, e portos em Roterdã e Amsterdã. Seus ângulos lembram a obra de mestres da vanguarda russa, como Aleksandr Ródtchenko.
Oswaldo Vigas. O modernista venezuelano, também pouco conhecido no Brasil, é tema de uma ampla retrospectiva agora no Museu de Arte Contemporânea da USP. Vigas viveu em Paris, onde conheceu Picasso, e ao longo da vida desenvolveu uma abstração que nunca abandona a figura humana. No MAC, estão pinturas e desenhos do artista, além de sua coleção de objetos da era pré-hispânica, que serviram de referência para seu trabalho.
Joseph Beuys. O artista alemão famoso por suas performances e por seu conceito de escultura social tem agora uma série de suas obras, entre elas sua famosa bateria à base de limão e o mítico terno de feltro, agora na galeria Bergamin & Gomide. Beuys foi tema de uma retrospectiva recente no país, que passou só pelo Rio e por Brasília. Essa é a chance de ver algumas de suas obras em São Paulo —as peças vêm da coleção da italiana Paola Colacurcio, que vive no Rio.
Mateo López. O artista colombiano ocupa a antiga sede da galeria Luisa Strina. É uma das mais belas montagens da temporada, com trabalhos que ganham força vistos na penumbra. No terraço, uma instalação lembra um relógio desconstruído, marcando as horas no escuro.