Panorama do MAM retoma ‘Nova Objetividade’

Silas Martí

Os pontos que Hélio Oiticica elencou em seu “Esquema Geral”, ensaio que estruturou a hoje clássica mostra “Nova Objetividade”, montada no MAM do Rio em abril de 1967, passarão por uma releitura.

Luiz Camillo Osorio, que estará à frente do próximo Panorama da Arte Brasileira, vai retomar as reflexões do artista na seleção de obras e autores para a nova edição da mostra bienal do MAM paulistano, marcada para setembro.

Há 50 anos, Oiticica observou que a arte realizada no país, então no auge do neoconcretismo, era pautada por uma “vontade construtiva geral”, a “tendência para o objeto ser negado”, a “participação do espectador”, uma “tomada de posição em reação a temas políticos”, entre outras questões.

Osorio diz que sua mostra estará ancorada em desdobramentos contemporâneos desses conceitos. “São atualizações”, diz o curador. “É a vontade construtiva pensada junto com uma distopia ecológica ou urbana, a participação do espectador como tendência à reconciliação sensorial e proposições coletivas diante das pressões do espetáculo.”

Ele também adianta à coluna que, para abarcar esses pontos, a mostra terá, além de artistas visuais, autores ligados a dança e arquitetura.

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Terrinha Marta Mestre, uma das curadoras do Inhotim, está organizando uma mostra com obras de coleções de arte latino-americana em Lisboa.

Terrinha 2 Enquanto isso, um recorte de 40 obras do pavilhão de Claudia Andujar no Inhotim viaja à capital portuguesa para uma mostra no Arquivo Fotográfico Municipal.