Melindrado, Masp não quis obra que retrata poderosos da Paulista nem obra com helicópteros

Silas Martí

Duas obras da mostra “Avenida Paulista” agora no Masp não chegaram ao museu da forma como foram pensadas. Os retratos que Dora Longo Bahia faria de diretores de instituições na via mais famosa de São Paulo, entre eles o do presidente do Masp, Heitor Martins, não foram nem esboçados. Ficou só o verso com cenas de violência policial.

Isso porque, nas palavras da artista, havia gente que “se sentiu atingida” pelo trabalho e que o conselho do museu “achou melhor” que ela não retratasse Martins, Milú Villela, do Itaú, Paulo Skaf, da Fiesp, entre outros.

Já os helicópteros que sobrevoariam a Paulista na performance de Ana Luiza Dias Batista nem saíram do chão porque a direção do museu “não se sentiu confortável com a segurança” e que não teve autorização do controle aéreo com a antecedência desejada.

O presidente do Masp, dizendo não achar “relevante” o assunto, afirmou à coluna que o caso de Longo Bahia reflete o fato de que “os projetos resultam do diálogo natural entre a curadoria e o artista”.

Em branco Outra obra que não foi adiante na mostra do Masp é a pintura que Marcius Galan faria de um círculo branco no vão livre do museu, uma representação real de um ponto num mapa. O Conpresp, órgão de defesa do patrimônio paulistano, ainda não autorizou.

Ceviche O crítico Mario Gioia levará, em abril, uma seleção de galerias à feira ArtLima, na capital peruana, cada uma com um time de artistas.

Ceviche 2 As galerias escolhidas são Casa Nova, de São Paulo, Mercedes Viegas, do Rio, Ybakatu, de Curitiba, e LAMB Arts e Nosco, ambas de Londres. Outras duas ainda estão para confirmar presença.

Claudia Jaguaribe Pouco antes de mostrar suas obras na ArtLima, a fotógrafa exibe uma nova série de imagens realizadas na China, na sede da Casa Nova, a partir de 4 de abril.