Biografia secreta de Leonilson vai a Nova York

Silas Martí

Mantida em segredo há quase duas décadas, a autobiografia de Leonilson estará numa mostra dedicada ao artista na Americas Society, em Nova York. “Frescoe Ulisses”, como ele batizou o volume escrito a partir de confissões que deixou gravadas em fitas cassete, é um dos muitos objetos pessoais que pertenceram a ele que integram a mostra.

Editado por Ricardo Ferreira Henrique, amigo do artista que se radicou em Berlim e lá trabalhou sobre as gravações, o volume está pronto desde o final da década de 1990, quando seria publicado em formato de livro. Um veto da família, preocupada com a repercussão das descrições de suas aventuras sexuais no livro, acabou condenando a obra ao esquecimento.

Pouquíssimas cópias sobrevivem em fotocópias deixadas com amigos do artista. A edição que estará na mostra da Americas Society pertence a Luisa Strina, uma das mais poderosas galeristas do país, que representou Leonilson, morto de Aids em 1993, no auge de sua carreira.

Acervo Mais uma importante coleção passará a integrar o acervo do novíssimo Instituto Moreira Salles, que abre as portas na avenida Paulista daqui duas semanas. A Fotoplus é um conjunto de cartazes, folhetos e catálogos de exposições de fotografia nacional e estrangeira ocorridas no país de 1985 até agora. Além dos cartazes, o acervo tem 3.000 livros e revistas.